Protocolo OSPF – parte 1

Olá Pessoal,

  Gostaria de iniciar um assunto que hoje é muito utilizado no nosso dia a dia, e nele temos vários pontos a se discutir e com certeza para aprender. Iremos iniciar uma sequencia de posts para trazer os conceitos desse protocolo IGP que é muito utilizado dentro das corporações.

– Introdução

  O protocolo OSPF (Open Shortest Path First), definido pela RFC 2328, é um protocolo IGP (Interior Gateway Protocol), ou seja, desenhado para uso em um Sistema Autônomo Interno ( intra-AS ). O protocolo OSPF foi desenvolvido para atender às necessidades colocadas pelas comunidades da Internet, que demandavam um protocolo IGP eficiente, não-proprietário e operacional  com outros protocolos de roteamento.

  OSPF baseia-se na tecnologia “ link-state ”, que é bem diferente e bem mais avançada que a tecnologia utilizada em protocolos puramente vetoriais, como o RIP.  Como mencionado, nos temos dois tipos de tecnologia que está envolvida com os protocolos de roteamento, que seria link state e vetor distância, veja quais são as diferenças:

  • Vetor de Distância: Os protocolos que utilizam dessa tecnologia tem como a principal característica a quantidade de saltos, ou seja, a cada ” hop ” para alcançar aquela determinada rede que você deseja, ela será incrementada na distância ” saltos “.

  • Link State: Os protocolos que utilizam dessa tecnologia tem como a principal característica em trabalhar através do estado do link, ou seja, a métrica inserida para esse tipo de protocolo é baseado em caracteristicas como banda, delay, confiabilidade, carga etc.

  Através desses pontos podemos citar as características essenciais que o protocolo utiliza dentro do ambiente:

  • Não existe limite de saltos para o OSPF

  • OSPF permite a utilização de VLSM

  • Podemos fazer utilização de criptografia para a troca das tabelas de roteamento

  • Toda atualização/anúncio das redes dentro do protocolo são executadas através de endereços multicast

  • OSPF permite a execução de balanceamento de carga mais eficaz

  • Dentro do protocolo podemos fazer a utilização de uma hierarquia mais avançada com a utilização de areas. Fazendo dessa forma um método mais controlado de sumarização de rotas e atualizações de tabela de roteamento.

  • OSPF permite marcações de rotas vindo de outros protocolos externos como BGP, permitindo um rastreamento dessas redes.

  • Devido a todos esses pontos citados, obviamente que esse protocolo irá fazer uma utilização maior de CPU e memória, devido a diversos pontos adicionais que ele utiliza para controle do protocolo de roteamento, além do que ele consegue montar uma árvore completa da rede.

  Após essa breve explicação de OSPF, iremos avançar para nosso próximo post com os conceitos do algoritmo SPF ( Dijkstra ).

  Aguardem cenas do próximo capítulo 😀

Abs,
Rodrigo

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