SNMP – Parte 2

Olá Pessoal,

  Dando sequencia sobre o protocolo SNMP, na qual foi visto anteriormente, vamos hoje tratar sobre MIBs.

  Todos os objetos concedidos pelo SNMP devem ter nomes únicos definidos e atribuídos. Além disso, o Gerente e o Agente devem acordar os nomes e significados das operações GET e SET. O conjunto de todos os objetos SNMP é coletivamente conhecido como MIB ( Management Information Base ). O padrão do SNMP não define a MIB, mas apenas o formato e o tipo de codificação das mensagens. A especificação das variáveis MIB, assim como o significado das operações GET e SET em cada variável, são especificados por um padrão próprio.

  Segue o descritivo:

  • GET = para obter um valor do dispositivo
  • SET = para colocar um valor no dispositivo

  A definição dos objetos da MIB é feita com o esquema de nomes do ASN.1, o qual atribui a cada objeto um prefixo longo que garante a unicidade do nome, a cada nome é atribuído um número inteiro. O SNMP não especifica um conjunto de variáveis, e como a definição de objetos é independente do protocolo de comunicação, permite criar novos conjuntos de variáveis MIB, definidos como padrão, para novos dispositivos ou novos protocolos. Por isso, foram criados muitos conjuntos de variáveis MIB que correspondem aos protocolos como UDP, IP, ARP, assim como variáveis MIB para hardware de rede como Ethernet ou FDDI, ou para dispositivos tais como bridges, switches ou impressoras.

  A MIB pode estar no seu gerente ou pode estar no cliente, entretanto como o gerente está consultado constantemente seu cliente a MIB sempre vai ser consultada no destino para obter as informações necessárias para sua visualização. Nós temos a RFC 3418 que irá trazer as informações detalhada das MIBs, entretanto segue uma figura para demostrar de forma mais sucinta:

SNMP-parte2

  Nos temos duas versões de MIB. Na MIB-I, ou seja, no primeiro nível da árvore encontram-se os nós que definem 3 subárvores, destinadas aos órgãos responsáveis pela padronização das MIB’s. No segundo e terceiro níveis encontram-se os nós que definem os órgãos responsáveis pela administração de uma determinada subárvore, que no caso apresentado é o DoD

SNMP-parte2-2

   Quando mencionamos sobre um objeto gerenciável teremos uma visão abstrata daquele recurso no disposito de rede. Cada objeto possui características e podemos tratar como:

  • Um rótulo (label), em formato texto, e uma identificação única denominada Object IDentificationOID ), que é composta por uma seqüência de números que identifica a posição do objeto na árvore da MIB ( por exemplo: 1.3.6.1.4.1.2682.1 – confira na figura acima ).
  • Atributos: tipo de dado, descrição e informações de status, configuração e estatísticas entre outras
  • Operações que podem ser aplicadas ao objeto: leitura (read), escrita (write) e comando (set).

  Na MIB-II temos uma nova estruturação para gerenciamento na qual foi definida, e adicionou-se a estrutura original várias informações importantes para o gerenciamento de redes propriamente dito. Como facilidade adicional da MIB, na subárvore entreprises(1) dedicada às empresas privadas, definida sob o nó private(4), podem ser solicitadas subárvores aos órgão de padronização destinadas ao uso específico de um fabricante. O uso de objetos dessa subárvore e de objetos da sub árvore SNMP permite a um dispositivo de rede se identificar de forma precisa. Segue abaixo o exemplo.

SNMP-parte2-3

  Um exemplo que podemos obter através dessas relações de estruturas de árvores seria sobre a interface Ethernet, para qual temos uma MIB específica através da RFC 1643.  A MIB para as interfaces Ethernet é identificada pela OID [ 1.3.6.1.2.1.10. ]. Nós podemos pesquisar qualquer OID no próprio site da Cisco que irá trazer informações sobre a estrutura e flags para determinados alarmes que você precise identificar. Segue o linkhttp://tools.cisco.com/Support/SNMP/do/BrowseOID.do?local=en )

  Baseado nessa estrutura nos podemos identificar e preparar os equipamentos para que a rede trabalhe proativamente e não reativamente, dessa forma podemos nos prevenir de algumas situações antes que elas efetivamente aconteça.

  Para o próximo post iremos falar um pouco das ferramentas que tratam sobre esse processo. Aguardem!!

Abs,
Rodrigo

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